Terra, Brasilidade
Terra
Brasilidade
A árvore é ancestral, as etnias indígenas são ancestrais. Suas raízes profundas tem longo relacionamento com essa terra. Terra que nos alimenta, terra que nos faz abundantes e fortes. Sem teu seio, ficamos fracos, secos e rasos.cheios de escassez. Nela sentimos o passar das estações, o velho se vai, o novo chega, geração por geração. Mantendo sua raiz, seu vínculo, assim, o velho não morre. O novo já nasce velho. Em tempos de seca, é na velha árvore que encontramos água. Sumaúma, Baobá - a mironga da longevidade e resistência daqueles que precisam matar a sede na seca. Viva Sumaúma, viva o Baobá!!!
Salve os povos daqui e de lá !!!
Salve os encantados e encantadas !!!
Salve todo juremá!!! | No avesso de um Brasil institucional existem outros Brasis, Brasileiros cheios de brasilidade.
Lugar de um céu estrelado de búzios que quando caem, norteiam destinos. Chão de barro, de roça, terreiro, pau a pique. De patuás, mandingas e rezadeiras. De mata encatanda. De ciência da floresta. De banho de folhas. Pajelança, De defumador, de garrafadas, chás, xaropes e Maracás.
Um Brasil feito de axé!!!
Viva a Brasilidade !!!
Viva esse Brasil Brasileiro!!!
Philipe Kaoká é artista visual, Macumbeiro e cruzador de histórias. Traz em seu processo criativo, expressões, contos e movimentos relacionados a cultura popular, indígena e de terreiro. Inspirado nos cruzamentos culturais, busca dar luz a potência de uma Brasilidade em resignificar símbolos, histórias e divindades, de um Brasil institucional, em seu favor. As pinturas são encruzilhada, são mironga, são resgate. Um encantamento contra um brasil colonial. Um convite a ver e ouvir uma versão popular das tradições brasileiras.