A proposta surgiu de uma busca por construir uma poética visual junto a uma casa abandonada no Cerrado. Quando reencontrei-me com as fotografias em uma pasta de arquivo perdida no HD, resignifiquei a memória e tentei imaginar o que buscava tentar entender naquele momento do passado. Eu também abandonei esse projeto lá trás. E reutilizar essas fotografias, assim como escrever uma poesia desse reencontro depois de onze anos, me fez rever sobre o tempo e o desdobramento das experiências diante de meu entendimento no presente. Então, todo o processo foi de resignificar as relações com uma casa abandonada no Cerrado que foi encontrada no ano de 2011 e que, talvez hoje ela não exista mais, e seja apenas revivida in memoriam em 2023 por meio dessa produção de vídeoarte, videopoesia. A abordagem estética do vídeo intenta criar um curto-circuito entre: imagens, palavras, memória, desenhos, paisagem, tempo e a poesia no meio de tudo isso juntando as metáforas em consonância das experimentações tecnológicas junto ao meio ambiente.

Verônica Lindquist, nasceu em Lucélia-SP, em novembro de 1987. Vive e trabalha em Campo Grande- MS. Artista visual, escritora, arte educadora e pesquisadora.

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