O trabalho propõe a interação do espectador com uma imagem fotográfica de brotos verdes que nascem do solo queimado de uma área do Parque Nacional de Brasília. Parte-se da referência de objetos conhecidos como jardins zens ou jardins japoneses, onde o participante manipula areia e pedras em uma caixa, promovendo marcas e desenhos. No caso da obra apresentada, o espectador vai produzindo um jogo de encobrir e descobrir brotos verdes, a partir do breu das cinzas do cerrado. Este bioma vive atualmente grave ameaça devido ao excesso de queimadas e desmatamento. Contudo, tem no desenvolvimento de suas rebrotas, uma relação importante com o fogo e seus regimes naturais o controlados.

Artista visual, doutoranda em Artes Visuais na Universidade de Brasília (UnB), licenciada em Artes Visuais pela Universidade Estadual do Paraná – Campus de Curitiba II – Faculdade de Artes do Paraná (2007), mestre em Psicologia pela Universidade Federal de Santa Catarina (2010), linha de pesquisa Relações éticas, estéticas e processos de criação e psicóloga pela Universidade Federal do Paraná (2004). Atualmente trabalha com ações de colheitas de cinzas em áreas incendiadas do cerrado brasileiro e com uma pesquisa poética na cerâmica sobre as transformações do fogo, da terra e das matérias vegetais.

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