Bandeira sem cauda é uma série de impressões xilográficas de um Tamanduá Bandeira sem a sua bela calda, isto é, amputado, machucado, exposto com a “bunda de fora”.
Em Bandeira sem cauda I, há em stancil a repetição de formas que se assemelham a estampas de papel de parede europeus, que se sobrepõem à imagem rústica do tamanduá machucado, animal que representa também todo o seu habitat natural, principalmente o Cerrado, em diálogo com questões referentes ao Distrito Federal.
Assim, nessa série, cada de gravura explora o tema de maneira diferente e contém narrativas onde convivem simultaneamente beleza e escassez, vida e morte, natureza, colonização, cultura, política e território.

Manu Romeiro é artista multidisciplinar e arte educadora, radicada entre Portugal e Brasil. Através de diversas linguagens artísticas busca tocar as expressões do ser humano, cidade, natureza, num processo de encontro e partilha com o outro, com a sociedade e com o ambiente que a rodeia.
Finalizou o mestrado na área da pintura, pela Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, bacharel e licenciatura pela Faculdade de Artes Visuais da UNICAMP, estudou Cenografia e Figurino na SP Escola de Teatro e foi artista pesquisadora do ateliê coletivo de gravura do Sesc Pompéia.
Expõe o seu trabalho pelo Brasil, Portugal, Estônia, Itália, Camboja e Coreia do Sul, participa de residências artísticas nacionais e internacionais e realiza a intervenção de desenho Retrato Falado desde 2014 por diversas regiões do Brasil e Portugal.Foi artista residente e membro do núcleo gestor do espaço coletivo Condomínio Cultural, co-criou a sessão de modelo vivo “Desenho Vivo” na casa Jã, atuou como professora em escolas, colégios e ateliês públicos, colaborou como cenógrafa e figurinista para grupos de dança, teatro e cinema, entre outros. Atualmente é membro da Estamos a Pensar – Associação Cultural (Oeiras) pela qual atua como artista visual, colabora como cenógrafa para teatro e organiza coletivamente festivais de arte em Portugal. Tem colaborado voluntariamente para o Ciclo Selvagem de estudos para a transcrição de seu material.

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