Statement Os quatro trabalhos apresentados fazem parte da série “ Coração de Cabôca: Alma do Cachoeirinha” em que busco representar a memória de minha vivência recente na mata ciliar e no cerrado em torno do Córrego Cachoeirinha, na área rural de São Sebastião- DF. Nesta série defendo a idéia da existência de uma relação de interação entre os seres humanos e os outros seres e elementos da natureza, que se ativa por meio da abertura do coração e estabelece uma comunicação decorrente da expansão dos sentidos comuns e da ampliação perceptiva inerentes ao acontecimento desta comunicação. A imaginação pessoal criativa, no trabalho artístico , faz a mescla entre o humano e os elementos visuais observados nesta experiência imersiva com a flora, as águas, os movimentos, as luzes e sombras, as cores e as formas.

Fau Martins, 1954. Vive e trabalha entre Goiás, DF e Bahia. Artista plástica, ilustradora e professora de Arte com formação em Educação Artística/Artes Plásticas pela FADM -DF e especialização em Arteterapia Junguiana pelo IJEP/FACIS, iniciou sua carreira artística na década de 1980, quando participou de várias exposições, incluindo Salões de Arte, com prêmios de aquisição no DF e em outros estados. Integrou o Coletivo Via Satélite da cidade do Gama/DF , com o intuito de difundir o trabalho artístico realizado fora do eixo do Plano Piloto de Brasília.Dedicou-se prioritariamente à ilustração e ao ensino da Arte em instituições públicas e privadas do DF, a partir dos anos 2000, retomando a carreira artística em 2012. Atualmente integra o grupo Coletivo21, grupo de artistas de diversas regiões do país voltado para o compartilhamento de saberes e oportunidades. Sua pesquisa artística consiste na busca de abertura de espaço à imaginação e à ampliação da capacidade perceptiva, com a criação de imagens ficcionais em que elementos da essência humana e elementos da natureza se fundem, em uma abordagem psicológica e arquetípica, em que se acolhe a expressão de áreas subconscientes ou inconscientes, no sentido que Jung, Corbin e Carlos Castaneda preconizam.

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